A área de saúde estética teve que se reinventar na forma de aprender e de ensinar. Com o surgimento da pandemia da covid-19, da noite para o dia professores e alunos se depararam com aulas online. As videoaulas e outras ferramentas, foram aliados e obstáculos que os educadores tiveram nesse novo desafio, ao qual estavam pouco ou nada preparados.

 

No Nepuga/FAPUGA essa também foi uma realidade, com o início das aulas previsto para março de 2020, a pandemia pegou a instituição de surpresa. Com aulas teóricas e práticas em modelo presencial, a dinâmica teve que ser readaptada. 

 

Em questão de duas semanas, as salas de aula migraram para os estúdios de gravação, e com o empenho da Ma. Dra. Ana Carolina Puga, todos os professores e equipe da IES, foi possível migrar a pós-graduação para o modelo híbrido.

 

A diretora ressalta que o ensino híbrido possibilitou que muitos alunos que não fariam a pós-graduação presencial, pudessem se especializar. “A modalidade de ensino remoto durante essa pandemia provou aos alunos de uma forma geral em todo o país, que para estudar online é preciso dedicação, foco e mudou hábitos do meio acadêmico que perdurarão por muito tempo”, frisa a Dra. Ana Carolina.

 

Ensino híbrido na saúde estética

Também conhecido pelo termo em inglês blended learning, o ensino híbrido se acentuou com o advento da internet e nada mais é do que combinar diversas plataformas, como videoaulas, aulas ao vivo, materiais complementares, tutoriais e aulas presenciais.

 

 “A volta às aulas, tanto para o Nepuga quanto para outra instituição, para todo mundo foi uma grande mudança. Antes a pós-graduação era totalmente presencial, um final de semana por mês, e agora os alunos conseguem assistir a teoria online e fazer o agendamento das práticas se organizando de acordo com a agenda deles”, comenta Reinaldo Mariano, secretário do Nepuga São Paulo e membro da AGPG.

 

Considerada tendência na área da educação para o futuro, a mistura entre o ensino presencial e o online, que prevê um mix entre a sala de aula convencional e conteúdos produzidos com apoio tecnológico, vai permanecer cada vez mais forte na vida dos estudantes de saúde estética no mundo pós-pandemia, e o que para muitos no início representou atraso, para outros é a única possibilidade de acesso.

 

Acesso facilitado à pós

Juntamente com a IES, os alunos se esforçaram para atravessar as dificuldades da melhor forma possível, e por fim muitos se surpreenderam com o modelo híbrido e sua praticidade. “O agendamento das práticas facilitou pros alunos de uma forma geral, porque possuem o apoio da unidade física onde podem estudar, e ainda a liberdade de escolher o dia em que querem realizar as aulas, isso é muito melhor do que ter os dias específicos programados”, complementa Reinaldo.

 

Assim, muitos relatos de alunos chegaram até a instituição, entre eles o da pós-graduanda em biomedicina estética, Dra. Graziella Souza, ela ressalta que inicialmente não achou que se adaptaria ao modelo de ensino híbrido, mas se surpreendeu, “As aulas online facilitaram muito pra mim, principalmente em questão de deslocamento e as aulas ficarem gravadas foi muito importante também”, comenta.

 

Outros fatores também são levados em consideração pelas alunas do Nepuga/FAPUGA, entre eles conseguirem estar mais presentes nos momentos em família. “Fazer pós em farmácia estética era um sonho meu de 5 anos atrás, mas como a minha escala no serviço era 6×1 eu não consegui fazer porque estava no modelo de aulas sábado e domingo a cada 15 dias. Iniciei no modelo híbrido, e essa foi a melhor opção pra mim, assim consigo passar mais tempo com a minha família”, conta a Dra. Gabriella Albino, pós-graduanda em farmácia estética.

 

A mudança no modelo de ensino na saúde estética também foi para muitos a oportunidade de tirar os planos do papel, e iniciar uma transformação de vida. A Dra. Vanessa Tavares, aluna da pós em biologia estética, é um dos casos de profissionais que foram beneficiados por essa mudança.

 

 “Olha, pra mim o ensino híbrido foi a melhor coisa que aconteceu, porque eu tenho um filho de dois anos e o fato de eu não precisar viajar pra fazer as aulas teóricas é muito bom, porque eu consigo me programar melhor e gastar menos. Eu só precisei viajar para fazer as práticas, e achei isso excelente porque essa parte de estética precisa da prática né, você precisa ter essa vivência clínica. Talvez se não fosse híbrido eu não conseguiria realizar esse sonho”, afirma.